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Por Barbacumba2023
ProduçãoCemitérios Sagrados
Quando o relógio bateu meia-noite, Santa Luzia dormia.
A madrugada foi selada por uma névoa que desaparecia tudo por onde passava.
Eu acordei pensando em alguns pesadelos, duvidei se ainda amanheceria. Cocei os olhos, respirei fundo, suspeitei que tinha algo de errado.
A luz da janela dava um leve trato na escuridão do quarto. Minha imaginação ouvia um som vindo de fora e o traduzia em sua frieza.
Por algum motivo que não sei, costumo olhar pelas brechas, certos pensamentos malignos podem vir à tona.
E naquela noite, tomei um susto!
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A chuva tinha escurecido todo o canteiro. O mato cobria uns dois palmos do chão, espalhando-se no jardim onde se encontrava um homem magro, com uma bota até a canela. Ele cobria seu rosto com um capuz e coçava a barba inquieto.
Corri e tranquei a velha porta que nada adiantaria.
Pensei em gritar! Senti meu coração pular do peito!
Ofegava como uma presa frágil! Engoli um nó seco que fechou minha garganta até que eu lentamente desmaiasse, ouvindo a porta sendo partida ao meio.
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Minha mãe e meus irmãos esperavam
que eu iria ficar bem...
Que daria tudo certo, mas não consegui, nem pude chamar por eles.